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Como produzir um texto nota 1000



Dominar as técnicas de escrita de textos é um trabalho que exige prática e dedicação. Não obstante, conhecer seu lado teórico é demasiadamente importante. Abaixo você encontra um apanhado desta teoria com 7 fáceis passos de como produzir um texto nota 1000.

Aplique-a em seu trabalho, mas não se esqueça: você precisará fazer a sua parte, isto é, escrever.

1 – Simplicidade

Use palavras conhecidas e adequadas. Escreva com simplicidade. Com intenção de se tenha bom domínio, prefira frases curtas. Amarre as frases, organizando as princípios. Cuidado para não mudar de objeto de repente. Conduza o leitor de forma tranquila pela ideia de argumentação.

2 – Perspicuidade

O ponto principal aqui está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que você almeja manifestar. Evidencie todo o conteúdo da sua escrita. Lembre-se: você está comunicando a sua opinião, falando de suas idéias, narrando um fato. O mais importante é fazer-se escutar.

3 – Objetividade

Você deve expressar o máximo de teor com o menor número de palavras possíveis. Por consequência não repita ideias, não use palavras demais ou outras coisas que só para aumentem as linhas. Concentre-se no que é verdadeiramente necessário para o texto. A pesquisa prévia ajuda a escolher melhor o que se deve utilizar.

4 – Unidade

Não esqueça, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Você deve traçar uma linha harmônica do início ao final do escrito. Não deve perder de vista essa trajetória. Por isso, muita atenção no que escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o insignificante é um dos caminhos para não se perder. Para não errar, use a seguinte ordem: introdução, argumentação e desenlace da teoria.

5 – Congruência

A congruência (coesão) entre todas e cada uma das partes de seu artigo, é fator primordial para se escrever muito. É necessário que elas formem um todo. Para isso, é necessário estabelecer uma ordem com o propósito de as ideias se completem e formem o corpo do texto. Explique, mostre as causas e as consequências.

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Exemplos: Obedecer uma ordem cronológica é um maneira de se acertar sempre, apesar de não ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, do palpável para o abstrato. Use figuras de linguagem com finalidade de o escrito fique interessante. As metáforas também enriquecem a redação no caso da narração.

6 – Ênfase

Procure invocar a atenção para o matéria com palavras fortes, cheias de significado, singularmente no início da narrativa. Use o mesmo recurso para realçar trechos importantes. Uma boa desenlace é precípuo para mostrar a importância do objecto escolhido. Remeter o lente à ideia inicial é uma boa maneira de fechar o texto.

7 – Leia e Releia

Lembre-se, é essencial meditar, planejar, redigir e reler seu artigo. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que você não consiga se expressar de modo clara e concisa. A pressa deve atrapalhar. Com calma, verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se você não repetiu palavras e ideologia. À proporção que você relê o escrito, essas falhas aparecem, até, falhas de ortografia e acentuação.

Não se apegue ao escrito. Refaça se for preciso. Não tenha preguiça, passe tudo a limpo quantas vezes forem necessárias. No computador, esta tarefa se torna mais fácil. Faça continuamente uma transcrição do artigo original. Desta forma você se sentirá à vontade para arrumar quanto quiser, pois sabe que constantemente poderá retornar detrás.
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Veja também:

  • Como fazer a introdução da redação
  • Como fazer a conclusão da redação
  • Desenvolvimento da redação
  • Estrutura de uma Redação
  • Os 10 Pecados em uma Redação
  • A Redação do Enem


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Demonstração pelo absurdo

Esse processo dedutivo é conhecido em matemática como "demonstração indireta".

Embora seja um dos mais sofisticados processos de raciocínio, sua estrutura é relativamente simples: para provarmos que A é verdadeiro, admitimos que A é falso; a partir daí, deduzimos uma conclusão falsa, uma vez que nossa premissa é falsa: é falso que A seja falso. Portanto, A é verdadeiro.

Em outras palavras, refutamos uma posição (que é exatamente o contrário do que queremos provar), mostrando que ela conduz necessariamente a condições inaceitáveis.

Exemplo: Para demonstrar que a felicidade é vital para nós, seres humanos, partimos da idéia contrária: a de que ela não é importante. E vamos tirando conclusões, naturalmente absurdas. Assim, se a idéia de que a felicidade não é importante nos leva a conclusões falsas, trata-se de uma idéia falsa. Então, concluímos que a felicidade é muito importante para nós.

Leitura de exemplos de demonstração pelo absurdo:

O carnaval é a maior data do ano, porque um dia dura três. Maior do que essa data só "véspera de carnaval" - que dura trezentos e sessenta e dois.
O verdadeiro milagre do carnaval é a televisão, que consegue trazer a rua para dentro de casa: por isso não existe mais o carnaval de rua - fica todo mundo em casa vendo na televisão o carnaval de rua.
Todo homem deve tirar férias: é a única maneira de se organizar as preocupações.

(Leon Eliachar - O Homem ao Zero - Rio de Janeiro, Editora Expressão e Cultura)

Comentários

Nos três exemplos temos demonstrações pelo absurdo, na medida em que as conclusões da redação contrariam as premissas a que se referem e assim as negam, com grande dose de ironia: recurso retórico por meio do qual esse argumento se expressa.


Argumentação por hipótese

Leitura de um exemplo de argumentação por hipótese:

Ainda que exista a hipótese (bem provável), recentemente divulgada pela imprensa, do vírus da Aids criado em laboratórios norte-americanos com o propósito de guerra bacteriológica contra minorias indesejáveis pela cultura Wasp*, não deixa de nos chamar: atenção a leitura metafórica dessa doença, síntese do império dos sentidos sem sentido que começa no século XVIII, com a substituição da dialética das paixões pelas vantagens secundárias da civllização. A doença que se instala onde deveria se instalar o amor consiste na perda de todas as defesas do organismo contra quaisquer doenças, o que é uma espécie de sintoma da introjeção da agressividade, que abandona seu potencial rebelde e transformador para adquirir um caráter suicida. O organismo destrói a si mesmo porque não sabe mais se defender pela agressividade nem se revitalizar no amor.

*Wasp: White, anglo-saxon and protestant, brancos, anglo-saxões e protestantes. Designação para os norte-americanos que se consideram legítimos em relação aos diversos integrantes de outras etnias.

(Maria Rita Kehl - A Psicanálise e o Domínio das Paixões - Os Sentidos da Paixão, São Paulo, Funan / Companhia das Letras, 1987)

Comentários

A autora alude a uma hipótese de domínio público sobre tema em questão - as razões do surgimento do vírus da Aids - para em seguida colocar aquela que pretende defender: a leitura metafórlca dessa doença, síntese do império dos sentidos sem sentido que começa no século XVIII... etc.

A fim de começar a fazer tal defesa, ela coloca a doença como sintoma da introjeção da agressividade, que adquire um caráter suicida, devido à falta de amor, substituído pelas vantagens secundárias da civilização, na modernidade.



Perceba que na conclusão do parágrafo aparece a reafirmação da hipótese, cuja demonstração será feita ao longo do texto como um todo: O organismo destrói a si mesmo porque não sabe mais se defender pela agressividade nem se revitalizar no amor.

Processos de raciocínio dedutivo


Existem dois grandes processos de raciocínio dedutivo, que passaremos a estudar: a argumentação condicional e a demonstração pelo absurdo.
a) A argumentação condicional

O raciocínio dedutivo condicional é aquele em que partimos de uma premissa formada por uma condição que levará necessariamente à conclusão que queremos demonstrar.

Por exemplo: a fim de provar que é necessário ter experiência de leitura para criar boas argumentações, partimos de uma ou de algumas condições:

- se com experiência de leitura podemos conhecer vários tipos de opiniões sobre vários tipos de assunto;

-   se  com  experiência  de  leitura  podemos  conhecer uma  grande  variedade  de argumentos que defendem com grande variedade de recursos as idéias a que se referem;

-  se com experiência de leitura podemos repensar nossas própria reflexões e nossas próprias formas de expressá-las, cotejando-as com o que estamos lendo;

então é necessário ter experiência de leitura para criar boas argumentações.



Observação

Para formular uma argumentação mais completa, é recomendável demonstrar cada uma das condições.

Método Hipotético-Dedutivo

Quando o raciocínio por condições transforma-se num raciocínio por hipóteses, isto é, por teses prováveis, por suposições que norteiam o rumo do pensamento, e que serão ou não confirmadas nos casos particulares, nos fenômenos e nas experiências concretas, dele se origina o método hipotético-dedutivo.

O encaminhamento do raciocínio por hipóteses - que serão questionadas, ao nível do pensamento e ao nível dos fatos - constitui um dos mais fecundos processos de argumentação, apresentando os seguintes passos:

a) a formulação da hipótese;

b) a dedução das conseqüências;

c)  a observação e/ou a experimentação a fim de determinar a verdade e/ou a validade das conseqüências.

Dissertação em prosa sobre a autoestima

Leia atentamente os três textos a seguir:

Está no dicionário Houaiss:

autoestima s.f. qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos.

A definição do dicionário parece limitar-se ao âmbito do indivíduo, mas a palavra autoestima já há algum tempo é associada a uma necessidade coletiva. Por exemplo: nós, brasileiros, precisamos fortalecer nossa autoestima. Neste caso, a satisfação com nosso modo de ser, como povo, nos levaria à confiança em nossos atos e julgamentos. Mas talvez seja o caso de perguntar: não são os nossos atos e julgamentos que acabam por fortalecer ou enfraquecer nossa autoestima, como indivíduos ou como povo?






Estão num poema de Drummond, da década de vinte, os versos:

E a gente viajando na pátria sente saudades da pátria. (...) Aqui ao menos a gente sabe que é tudo uma canalha só.

Está num artigo do jornalista Zuenir Ventura, de dois anos atrás:

De um país em crise e cheio de mazelas, onde, segundo o IBGE, quase um quarto da população ganha R$ 4 por dia, o que se esperaria? Que fosse a morada de um povo infeliz, cético e pessimista, não?
Não. Por incrível que pareça, não. Os brasileiros não só consideram seu país um lugar bom e ótimo para viver, como estão otimistas em relação a seu futuro e acreditam que ele se transformará numa superpotência económica em cinco anos. Pelo menos essa é a conclusão de um levantamento sobre a "utopia brasileira" realizado pelo Datafolha.

Com o apoio dos três textos apresentados, escreva uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, na qual você deverá discutir manifestações concretas de afirmação ou de negação da autoestima entre os brasileiros.

Apresente argumentos que deem sustentação ao ponto de vista que você adotou.